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terça-feira, 27 de maio de 2014

O charme da brasa

Muito se ouve falar sobre o grilo da lareira, personagem do clássico homônimo de Charles Dickens. A criatura, que em meio a uma ampla casa, escolhia passar o tempo cantando no canto mais quentinho da sala não era nada boba. Afinal de contas, quem é que não quer se manter aquecido no frio - ainda mais diante de um item tão charmoso?



Não é só na atmosfera mágica de Dickens que a lareira é uma boa opção para o inverno. De século a século, o item que aquece ambientes e enche de encanto o décor nunca sai de moda.  Não é por acaso que ele tem aparecido em vários formatos e modelos para atender  uma porção de admiradores. Isso possibilita sua instalação até mesmo em espaços que não comportam uma chaminé.

A arquiteta Luciana Glock explica que as opções mais comuns disponíveis no mercado são as lareiras a gás, as elétricas e as a álcool. As primeiras são práticas e sua instalação exige dois pontos: um de gás e outro de energia.  Já as elétricas necessitam de apenas um ponto de energia e sua temperatura pode ser alterada por controle remoto.

Quanto a lareiras a álcool, Luciana diz que são as mais indicadas para apartamentos. Elas não necessitam de nenhum tipo de ligação ou tubulação, o que facilita sua instalação em muitas posições, mesmo que o imóvel já esteja pronto. Além disso, são conhecidas como lareiras ecológicas por seu acendimento simples à base de um líquido desenvolvido e licenciado a partir do etanol.



A arquiteta lembra que, embora as opções de lareiras sejam muitas, atualmente, clientes mais tradicionais ainda preferem a lareira em alvenaria.  Ela é o primeiro modelo lembrado quando alguém se refere ao elemento. Apesar de bonitas, são opções que requerem o acompanhamento de um especialista e cabem nos projetos de quem está construindo ou reformando uma casa.

Quem quer ter uma lareira precisa prezar pelo conforto térmico antes de se atentar ao panorama estético da residência.  Uma recomendação comum a todos os estilos é deixar sempre uma passagem de ar para a oxigenação. É por isso que as lareiras não são recomendadas em lugares onde não é possível a renovação do ar.

Manutenção 
Luciana explica que, após instaladas, as lareiras demandam cuidados periódicos, a depender do tipo escolhido. As biolareiras a álcool quando fabricadas integralmente em aço inox prescindem de manutenção; as calefatoras a lenha precisam de limpeza cada vez que forem utilizadas e eventuais trocas da chaminé;  as elétricas necessitam de trocas ocasionais das lâmpadas e as a gás devem passar por uma manutenção técnica obrigatória a cada ano, tal qual os aquecedores de água.

Em um de seus projetos, a arquiteta Adriane Pertoni instalou uma lareira no canto da sala de estar. O ambiente ganhou um visual romântico e aconchegante, mesmo mediante os aspectos modernos inerentes ao décor.  Para a profissional, além de deixar o ambiente aquecido, a ideia rende ao espaço ar de glamour e sofisticação.


Também na onda do inverno quente e charmoso, as arquitetas Camilla Mota e Carla Ribas inseriram uma bela lareira em uma ampla sala. A posição estratégica do item favoreceu o potencial de aquecimento do item e equilibrou a decoração.


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