Muito se ouve
falar sobre o grilo da lareira, personagem do clássico homônimo de Charles
Dickens. A criatura, que em meio a uma ampla casa, escolhia passar o tempo
cantando no canto mais quentinho da sala não era nada boba. Afinal de contas,
quem é que não quer se manter aquecido no frio - ainda mais diante de um item
tão charmoso?
Não é só na
atmosfera mágica de Dickens que a lareira é uma boa opção para o inverno. De
século a século, o item que aquece ambientes e enche de encanto o décor nunca
sai de moda. Não é por acaso que ele tem aparecido em vários formatos e modelos
para atender uma porção de admiradores. Isso possibilita sua instalação até
mesmo em espaços que não comportam uma chaminé.
A arquiteta
Luciana Glock explica que as opções mais comuns disponíveis no mercado são as
lareiras a gás, as elétricas e as a álcool. As primeiras são práticas e sua
instalação exige dois pontos: um de gás e outro de energia. Já as elétricas
necessitam de apenas um ponto de energia e sua temperatura pode ser alterada por
controle remoto.
Quanto a
lareiras a álcool, Luciana diz que são as mais indicadas para apartamentos. Elas
não necessitam de nenhum tipo de ligação ou tubulação, o que facilita sua
instalação em muitas posições, mesmo que o imóvel já esteja pronto. Além disso,
são conhecidas como lareiras ecológicas por seu acendimento simples à base de um
líquido desenvolvido e licenciado a partir do etanol.
A arquiteta
lembra que, embora as opções de lareiras sejam muitas, atualmente, clientes mais
tradicionais ainda preferem a lareira em alvenaria. Ela é o primeiro modelo
lembrado quando alguém se refere ao elemento. Apesar de bonitas, são opções que
requerem o acompanhamento de um especialista e cabem nos projetos de quem está
construindo ou reformando uma casa.
Quem quer ter
uma lareira precisa prezar pelo conforto térmico antes de se atentar ao panorama
estético da residência. Uma recomendação comum a todos os estilos é deixar
sempre uma passagem de ar para a oxigenação. É por isso que as lareiras não são
recomendadas em lugares onde não é possível a renovação do ar.
Manutenção
Luciana
explica que, após instaladas, as lareiras demandam cuidados periódicos, a
depender do tipo escolhido. As biolareiras a álcool quando fabricadas
integralmente em aço inox prescindem de manutenção; as calefatoras a lenha
precisam de limpeza cada vez que forem utilizadas e eventuais trocas da
chaminé; as elétricas necessitam de trocas ocasionais das lâmpadas e as a gás
devem passar por uma manutenção técnica obrigatória a cada ano, tal qual os
aquecedores de água.
Em um de seus
projetos, a arquiteta Adriane Pertoni instalou uma lareira no canto da sala de
estar. O ambiente ganhou um visual romântico e aconchegante, mesmo mediante os
aspectos modernos inerentes ao décor. Para a profissional, além de deixar o
ambiente aquecido, a ideia rende ao espaço ar de glamour e
sofisticação.
Também na
onda do inverno quente e charmoso, as arquitetas Camilla Mota e Carla Ribas
inseriram uma bela lareira em uma ampla sala. A posição estratégica do item
favoreceu o potencial de aquecimento do item e equilibrou a
decoração.
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