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terça-feira, 22 de abril de 2014

Minha mãe, meu estímulo

Ser mãe é abrir as portas para um mundo de atribuições e prazeres, mas não é só isso. Ao assumir esse papel, a mulher também precisa se dispor a ser um espelho e estar ciente de que vai refletir modelos capazes de definir o rumo da vida dos filhos.  Não é por acaso que tantos deles criam sua trajetória profissional com base no ofício que a mãe desempenha.

Carla Gil Heller ainda guarda com carinho os primeiros projetos que a filha arquiteta fazia quando criança. Fernanda, desde muito pequena, já demonstrava interesse pelo trabalho que hoje desenvolve em parceria com a mãe, que é designer de interiores.

Carla lembra que, quando a jovem contou que cursaria Arquitetura e Urbanismo, ninguém ao menos se surpreendeu. No coração da designer, uma alegria gratificante precedeu qualquer sensação de surpresa, e a deixou até envaidecida. “Ver um filho seguindo seus passos é um indício de que ele te admira e não há realização maior do que essa”. Grata pela dedicação e pelo apoio da mãe, a arquiteta acredita que sua vida profissional ao lado de uma professora que tanto a ama e tem muito a ensinar é um aprendizado diário e constante.



Permeando laços afetivos tão fortes, o trabalho em parceria das duas rende frutos que vão além de meras produções profissionais. Os projetos que elas elaboram em parceria atravessam uma empatia carregada de ternura. Coisa de mãe e filha.  “Muitas vezes só nos olhamos e entendemos o que a outra esta pensando sobre um determinado assunto, seja positiva ou negativamente”, conta Fernanda.

A arquiteta e urbanista Denise Leal Ribas também se orgulha de ter a filha Carolina seguindo seus passos na área profissional e devolve essa felicidade à filha em forma de incentivo.  

Denise e Carolina também trabalham juntas e mantém um estilo muito parecido. Denise reconhece que, embora tenha muito a ensinar, tem bastante coisas para aprender com a filha e ressalta que essa parceria incide em uma soma muito rica. “Nossa união facilita discussões e aprimora nossa relação como profissionais da arquitetura”.

O convívio com a mãe paisagista levou Julia Ciafrino Sabbag pelo caminho da estética dos ambientes. A jovem trabalha como arquiteta há um ano e meio e atribui a escolha pela profissão ao seu contato com a parte mais criativa do trabalho, graças à atuação da mãe.

Rosângela Ciafrino Sabbag nota que a filha tem um perfil mais técnico do que o dela, mas que mãe e filha se completam em cada processo que desempenham juntas. Para a paisagista, a união entre as duas fortalece não só o desempenho profissional de cada uma, mas também a relação de cumplicidade entre as duas na esfera privada “Acho que é um elo que se perpetua. É gratificante poder conversar, viajar e ter um mesmo foco e interesse”.




Mulheres empreendedoras também inspiram filhos com seu talento e dedicação. O arquiteto Lucas Bond não nega a influência da mãe em sua trajetória profissional. Admirador assumido de Maria Bond, ele trabalha com ela na Decormade, empresa da família, mediante uma parceria harmoniosa e produtiva “Ela tem uma melhor percepção do que o cliente necessita e eu tenho uma melhor visão das possibilidades de criação e materiais que podem ser empregados nos projetos”, explica, “Somamos força e, assim, evoluímos rapidamente”. 

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