Após
ser apresentada em oito cidades brasileiras, a comédia A Carpa, estreia neste fim
de semana, de sexta (1) a domingo (3), no Teatro de Caixa, em Curitiba. Com texto
de Denise Crispun e Melanie Dimantas, a montagem tem direção de Ary Coslov e tem
no elenco as atrizes Ivone Hoffmann e
Anna Cotrim.
A Carpa tem patrocínio da Caixa Cultural. A montagem foi vista por 23 mil
pessoas em temporadas no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo,
Caxias do Sul, Florianópolis, Brasília e Belo Horizonte.
Após as apresentações em Curitiba, a peça será apresentada na Mostra de
Teatro Petrobras Distribuidora de Cultura, que acontece em abril, no Rio de
Janeiro. O próximo palco a ser ocupado pela peça será em São Paulo.
Texto
O texto inédito, premiado em concurso
promovido pela Funarte, em 2004, coloca
em questão uma geração que rompeu com a tradição e está em crise. Segundo
as autoras, a peça foi escrita a quatro mãos, cada uma trazendo suas histórias
e frases familiares, mas, que coladas, pareciam uma só.
“Escrevemos esta
peça de um fôlego só, imbuídas do desejo de falarmos de nossa identidade
judaica. Sempre nos intrigou o que ainda carregávamos da Europa e das tradições
em nossas vidas tão laicas”, disse Denise.
“Quando nos
encontramos não imaginamos que escreveríamos algo tão próximo de nossas
identidades. Em nossas conversas, as raízes em comum tornaram-se presentes
quando nos lembrávamos da nossa infância, dos nossos pais e avós que vieram
fugidos da Europa em busca de um recomeço num país livre. Eles vinham com
esperança, mas traziam em suas malas a Rússia, a Polônia e a Bessarábia. Queriam
acima de tudo ser brasileiros, mas não queriam ser góis. Nós, as crianças,
podíamos nos misturar mas não muito. E em Pessach, tínhamos que saber cantar o
“Manishtaná”, afirma Melanie.
De
acordo com o diretor Ary Coslov, o espetáculo aborda as diferenças de gerações,
pela relação de mãe e filha, que confrontam suas visões do judaísmo e suas
relações afetivas. “Poderiam ser cristãs, muçulmanas, budistas, não importa. O
que importa é a resistência do amor, mesmo com a diferença de pontos de vista,
das leis da religião e da vida. O Pessach celebra a libertação e, por extensão,
a busca por um mundo melhor. É isso o que fazem essas mulheres judias da peça,
cada uma a seu modo”, afirma Coslov.
A
celebração de Pessach, a Páscoa judaica, relembra a fuga do Egito, onde os
judeus eram escravos. Comandados por Moisés, caminharam 40 anos pelo
deserto. Toda uma geração ficou pelo caminho e outra, nova, sem as lembranças
da escravidão, chegou à Terra Prometida.
SERVIÇO
A Carpa
De 01 a 03 de Março
Horário: Sexta e sábado às 20h. Domingo às 19h
Ingressos:
R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 10 anos
Teatro da Caixa
Rua Conselheiro Laurindo, 280
/ Centro
Telefones (41)
2118-5409
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