Finas, delicadas e
semelhantes às originais, as flores de açúcar estão ganhando grande destaque no
mercado de pâtisserie - espaço que antes era destinado apenas àquelas feitas de
pasta americana, artificiais ou as naturais. As flores comestíveis são uma
alternativa para evitar desperdício, melhorar a aparência do doce e ter maior
durabilidade: já que não precisam ser retiradas do bolo para comê-lo, não
murcham, não transferem substâncias para os produtos e ainda mantêm a aparência
natural e real.
A chef pâtisserie
Raquel Mussi, que recentemente chegou à Curitiba após uma temporada em
confeitarias tradicionais nos Estados Unidos, é especialista em flores de açúcar
e explica que tanto os bolos quanto as açucaradas são totalmente comestíveis.
Produzidas com uma massa semelhante à pasta americana, mas que proporciona maior
elasticidade e modelagem mais fina, chega mais próxima à aparência das flores
naturais. “É como brincar de massa de modelar, a pasta é feita basicamente de
açúcar impalpável e gordura vegetal. As crianças adoram comer”,
comenta.
O trabalho é
artesanal. Cada parte que compõe a flor é
feita a partir de moldes e rolos, que dão as curvas e os veios característicos
das originais, e os corantes comestíveis dão as cores. “Elas podem ficar bem
semelhantes às naturais, em que as pétalas são finas e marcadas com os veios das
flores”, esclarece Raquel. O processo é feito em etapas e pode levar de quatro a
seis horas, dependendo do tipo da flor. Vale ressaltar que esta decoração
gastronômica exige cautela quando elas estão
secas, pois perdem a maleabilidade e quebram com facilidade caso não sejam
manipuladas de forma correta.
Técnica
A chef pâtisserie
relata que sempre gostou de arte. Quando descobriu as flores de açúcar começou
sozinha de maneira amadora e então decidiu aprimorar sua técnica a partir da
experiência ao trabalhar na Carlo's Bakery, com o renomado chef Buddy Valastro,
em Nova Jersey. O americano nada mais é que a referência no conceito de
pâtisserie e o mestre nas açucaradas. Em seu
programa Cake Boss, veiculado no mundo todo, Valastro cria bolos em formatos
inusitados com técnicas inovadoras. Para Raquel, atuar com a referência na
confeitaria estadunidense foi fundamental. “Aprendi demais decorando os bolos
que eram comercializados e produzindo as flores com sua técnica inovadora,
claro, sempre com a supervisão dele”, relata.


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