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terça-feira, 24 de junho de 2014

O poder da decisão nas empresas familiares

Quando decisões precisam ser tomadas, uma empresa precisa confiar totalmente em seus gestores. Mas será que apenas o principal administrador de uma empresa familiar deveria ter este poder de decisão?

Para o diretor-presidente da JValério, associada à Fundação Dom Cabral, Eduardo Valério, sugere que decisões tomadas individualmente não devem ser frequentes. "Com a nova dinâmica no mundo dos negócios, cada vez mais o processo de tomada de decisão deve ser cercado e amparado de informações, de pareceres e de questionamentos, tudo para auxiliar na mitigação dos riscos". 

Segundo Eduardo, os empresários carregam consigo o “sentimento” de que o caminho que escolheu é a decisão a ser tomada, mas alerta: compartilhar a decisão é muito mais acertado e proveitoso, tanto para a empresa quanto para a pessoa que terá condições de se cercar de todas as informações antes de bater o martelo. 

Sobre decisões que seriam indelegáveis para um administrador dentro de uma empresa familiar, Eduardo Valério faz uma única ressalva. "Apenas em casos extremos onde o compartilhamento com outros sócios/gestores/conselheiros já tenha se esgotado, como na hora de vender a companhia - que é uma decisão, sobretudo, pessoal”.

Dinheiro envolvido
Muitos podem pensar que decisões financeiras são as mais complicadas de serem tomadas, justamente por envolver dinheiro. O especialista não desmente este tipo de visão, mas pondera que a participação de setores técnicos na geração de dados para estas decisões é fundamental.


"Em tese sim, são mais complicadas as decisões financeiras, mas há mecanismos para que o processo de decisão seja mais fluido e compartilhado. Decisões relativas ao dinheiro, por exemplo sobre sobre níveis de endividamento, devem ter, em primeiro lugar, algum respaldo técnico formulado pela equipe de finanças para subsidiar a decisão final."

O peso do nome
Talvez um dos maiores trunfos das empresas familiares seja o envolvimento do nome da família, o que torna mais complicado tomar qualquer decisão. Eduardo Valério vai direto ao ponto.

"Reputação é o fruto da construção dos valores e princípios que a empresa colhe ao longo da sua existência. Independentemente da origem da empresa, seja ela familiar ou não, a sua marca carrega a sua reputação e todo o significado que está no seu entorno."
Eduardo bate forte na questão das decisões de uma organização afetarem a sua marca e a sua reputação. Quanto mais complexa for esta decisão, maior será a implicação na preservação da sua imagem, da sua marca e da sua reputação. "É um conjunto de marca e imagem" conclui o diretor-presidente da JValério.

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