Instituído pela Organização Mundial de AVC (Acidente Vascular Cerebral), o Dia Mundial do AVC - celebrado em 29 de outubro - foi criado para conscientizar a população sobre a doença responsável por seis milhões de mortes por ano no mundo, sendo a segunda maior causa de morte no globo e primeira no Brasil. A doença, também conhecida como derrame, é a que mais causa mortes e incapacitação por conta de sequelas.
Mote da campanha mundial do AVC desde 2010, "1 em 6" - que representa uma morte por AVC a cada seis segundos - continua sendo o tema principal, juntamente com o slogan "AVC... eu me importo", ambos lançados para a data. Para o neurologista do Hospital VITA Batel João Rafael Argenta Sabbag, a campanha tem extrema importância, principalmente para alertar a população sobre a doença. "Engana-se quem pensa que só os idosos têm AVC. Independentemente da idade, pois a doença afeta jovens ou idosos, é necessário manter a atenção aos sintomas e métodos preventivos", afirma.
De acordo com Sabbag, a rapidez no diagnóstico evita o agravamento da doença. "Costumo indicar o teste do SAMU, em que cada letra representa uma ação que pode auxiliar no diagnóstico da doença. Nesta avaliação, é solicitada à pessoa que Sorria, Abrace, cante uma Música e, se qualquer uma dessas ações for falha, a pessoa deve ser encaminhada com Urgência a um hospital", explica. O encaminhamento deve ser rápido, pois no caso dos acidentes vasculares isquêmicos alguns tratamentos devem ser iniciados dentro de quatro horas e meia, para que possam dissolver o coágulo formado e restabelecer o fluxo sanguíneo.
Uso de tecnologia - O diagnóstico do AVC depende de recursos de última geração, como a tomografia, arteriografia, ou o Ecodoppler Transcraniano, todos presentes no Hospital VITA Batel. Quanto mais preciso e mais ágil for, mais fácil será para o tratamento da doença. Atualmente existe uma forte tendência ao uso da telemedicina, pois facilita o diagnóstico preciso, já que há transferência online de imagens e exames complementares, além da discussão técnica entre o médico clínico e o neurologista. O programa já está em uso nos Estados Unidos, mas ainda em fase de testes no Brasil. "Existe uma forte tendência a esse novo recurso, principalmente para popularizar o acesso ao neurologista e aos recursos diagnósticos num país de dimensões continentais como o nosso. Basta ter acesso à internet para poder assistir ao paciente", relata Sabbag.
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O Acidente Vascular Cerebral é uma falha circulatória ao nível intracraniano em uma área do cérebro e pode ocorrer de duas formas: isquêmico, mais frequente, obstrui a passagem do sangue, por coagulação; ou hemorrágico, quando pequenos vasos do cérebro que se rompem.
O melhor tratamento para o AVC é a prevenção. Os fatores de risco podem ser classificados em modificáveis: hipertensão, diabetes, colesterol elevado, obesidade, tabagismo e etilismo; e não modificáveis: idade e histórico familiar.
Sintomas - Dificuldades para falar ou compreender, perda de força muscular em um lado do corpo, limitação motora, falta de sensibilidade, formigamentos ou dormência, alterações ou perda da visão, audição, deglutição, coordenação e equilíbrio, confusão, sonolência e até mesmo inconsciência súbita, entre outros sintomas.
Diagnóstico - A afirmação precisa de um AVC pode ser feita por meio de exames, como tomografia computadorizada, ressonância do crânio, hemograma completo, coagulograma, eletrocardiograma, ecocardiograma, e outros exames laboratoriais.
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