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sábado, 23 de março de 2013

Chocolate: benefícios e malefícios para a saúde


O consumo de chocolate na época da Páscoa é inevitável e, normalmente, excessivo. Com uma infinidade de tipos disponíveis no mercado, um mais gostoso que o outro, fica difícil fazer a melhor escolha. Mas será que todos os chocolates fazem bem ao organismo? Especialistas falam sobre os melhores tipos para consumo e as consequências em nosso corpo.

O chocolate é considerado benéfico à saúde, mas com restrições de consumo, independente do tipo escolhido. "O ideal é consumir 30g por dia, equivalente a um tablete, pois qualquer ingestão em excesso faz com que muitos nutrientes fiquem de fora da dieta e prejudiquem a saúde", afirma a nutricionista do Hospital VITA Curitiba, Graziele Pasetti. Essas restrições valem tanto para pessoas com limitações, quanto para pessoas saudáveis.

Para quem gosta de chocolate ao leite ou branco, a dica é reduzir o consumo devido ao excesso de gordura e ao elevado teor calórico, pois ingredientes como açúcar, leite condensado e manteiga de cacau multiplicam as calorias e podem ser prejudiciais à saúde, elevando a pressão arterial, aumentando as taxas de glicose sanguínea, causando hipercolesterolemia e doenças coronarianas.

Já os chocolates meio amargo e amargo são os mais indicados. A elaboração com base na massa de cacau oferece uma grande quantidade de flavonóides, substância antioxidante que protege o organismo dos danos causados pelos radicais livres. "Quanto mais cacau há no chocolate, maior seus benefícios. São estes dois tipos que fazem a fama do chocolate como
alimento funcional", destaca Graziele.

Diabéticos e aqueles que buscam diminuir a ingesta de calorias podem optar pelo chocolate diet, em que o açúcar é substituído por adoçantes. Porém, essa troca modifica a textura do alimento e faz com que seja adicionado mais gordura, que aumenta o teor calórico e o assemelha ao convencional. A nutricionista alerta para sempre prestar atenção nos rótulos dos produtos antes de comprar. "Quem quer emagrecer deve ler atentamente os valores nutricionais dos alimentos, escrito nos rótulos dos produtos, para não se enganar".

Uma sugestão deliciosa e saudável, segundo Graziele, é substituir o chocolate por alfarroba. "Esse doce tem cara de chocolate, gosto de chocolate, mas não é chocolate. É isento de lactose, glúten e açúcar, e apresenta menos calorias que o chocolate, porém, enquanto o cacau tem cerca de 20% de gordura, a alfarroba possui apenas 0,7%", diz.

É importante saber - O cacau, quando ingerido de forma moderada, pode auxiliar em diversos fatores. No coração, ajuda a manter a pressão arterial normal e os bons níveis de colesterol, além de prevenir doenças relacionadas. Pode agir como um antiinflamatório ou ainda retardar efeitos do envelhecimento, de acordo com a neurologista e chefe do serviço de neurologia do Hospital VITA Batel, Ester London. "O chocolate amargo contém substâncias que contribuem para que esse retardo aconteça, além de apresentar vitaminas e sais minerais em suas fórmulas".

Apesar de o doce manter o nível da serotonina, substância que o corpo produz e que nos dá ótimas sensações de bem-estar e relaxamento, o consumo excessivo pode ser perigoso e causar problemas gastrointestinais, alergias e insônia, devido à presença de cafeína no produto. "Ele pode também causar dependência, pois dá sensação de prazer e alívio, o que estimula a ingestão. A dependência pode ser causada por três substancias: a teobromina, a cafeína e a feniletiamina", adverte Ester, que destina esse sintoma principalmente para pessoas depressivas ou ansiosas. A neurologista também restringe o consumo para aqueles que apresentam enxaqueca, pois a tiramina, presente nos chocolates, possui ação vasodilatadora, responsável pela doença.

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