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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Empreendedorismo e inovação são pilares para cidades inteligentes


O empreendedorismo e a busca pela inovação foram os dois pilares principais da manhã do Fórum Internacional iCities, que acontece hoje (27), no ExpoUnimed, em Curitiba. Baseado em seis eixos fundamentais para o desenvolvimento de uma cidade inteligente - tecnologia, sustentabilidade, comunicação, energia, economia criativa e startups -, o evento visa apresentar e discutir meios de implantar a cultura da inovação na sociedade como um todo. "Sem a inovação e o empreendedorismo, é muito difícil planejar o nosso futuro", diz Rogério Mainardes, diretor de Marketing do Grupo Positivo.

Na abertura do fórum, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Martins, afirma que é preciso criar um ambiente propício à inovação. "Isso precisa ser perene e não depender de iniciativas individuais, da indústria, do governo ou de uma universidade", opina. Para um dos organizadores do evento, Roberto Marcelino, a colaboração é um dos aspectos fundamentais nesse sentido. "A busca pela unidade e pela participação da sociedade é algo que transforma uma cidade mais inteligente", diz.

O presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, vê essas duas qualidades como essenciais para o desenvolvimento da cidade. "Precisamos inovar dentro da inovação para debater os novos rumos. Falando especificamente sobre Curitiba, nós precisamos integrar quase 30 cidades e, para isso, é preciso planejar soluções integradas e inteligentes", avisa.



O ecossistema empreendedor
O ambiente e os meios para se empreender foram o foco da discussão de Leandro Henrique Silva, representante da Universidade Positivo, Gustavo Mattano, do setor de Startups da Fomento Paraná, e Charles Stempniak, da Smart Bee. Os três avaliaram que, independentemente do estilo de negócio, é preciso focar nos relacionamentos e na aproximação entre as pessoas. Muitas vezes, na avaliação da mesa, o ambiente está pronto, mas falta incluir as pessoas nisso.

Os profissionais discutiram a respeito das formas de se disseminar a cultura empreendedora nas cidades e também na educação. Para Silva, as universidades ainda não estão preparadas para implantar um ambiente que propicie a inovação. "Além disso, precisamos incentivar a convivência e o relacionamento. Eventos como o iCities divulgam as ideias e deixa Curitiba mais forte", diz.

Mattano analisa que os caminhos da inovação, por vezes, são tortuosos, já que há muitas dificuldades como a própria burocracia e até mesmo a falta de uma cultura empreendedora pela sociedade. Na opinião de Stempniak, o empreendedorismo se trata, na realidade, de um estilo de vida e não de uma disciplina que possa ser ensinada. "O empreendedor aprende, de fato, errando. É uma atividade empírica", afirma. De acordo com ele, são as dificuldades que estimulam a criatividade e a inovação. "Sei que se trata de uma questão polêmica, mas quando isso acontece, as barreiras exigem que as pessoas procurem formas para avançar", diz.

Mattano, por outro lado, ressalta que só a vontade pessoal não basta. "A inovação é como uma planta. Precisa ter as condições mínimas para florescer", avalia.

Economia criativa
A coordenadora da Escola de Economia Criativa da Universidade Positivo, Adriana Dias, abordou a importância da temática na educação. De acordo com ela, os jovens de hoje exigem métodos educacionais distintos, especialmente devido à relação com a tecnologia. Nesse contexto, Adriana defende que se busque modernizar as formas educacionais e crie ambientes propícios e colaborativos para que os indivíduos possam inovar. "É preciso privilegiar o talento, seja o individual, aquele que já nasce com essa facilidade intrínseca, ou àquele que depende do estudo para se desenvolver", afirma.

Nas cidades inteligentes, há o entendimento de que a mecânica dos atores envolvidos nas mais diversas cadeias produtivas locais facilita a inovação. "É importante que esse passo da economia criativa seja dado pela sociedade como um todo e não dependa somente do fomento governamental", diz.

Smart Cities
A ideia das cidades inteligentes diz respeito à eficiência dos centros urbanos, a partir de ações integradas entre governos, população e entidades públicas e privadas.
Uma cidade é considerada "smart" ou "inteligente" quando, estruturalmente, obedece a determinados padrões de inovação relacionados à comunicação, transportes, infraestrutura, sustentabilidade, uso de combustíveis e recursos naturais, dentre outros. De acordo com as Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que mais de 6 bilhões de pessoas estejam vivendo em centros urbanos até 2050. 

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