Houve uma época em que criar animais em condomínios era alvo
de proibições e muita confusão entre moradores. Atualmente é raro encontrar um
condomínio que restrinja a entrada ou que defina o porte dos bichos nas
dependências, pois as proibições interferem diretamente no direito de
propriedade, garantido pela Constituição Federal. Entretanto, as discussões
sobre o tema estão longe de cessar.
Entre as brigas, a mais comum diz respeito à área de
circulação dos bichos, ao barulho e ao mau cheiro que os animais de estimação
podem produzir. Alguns condomínios criam regras para a circulação dos animais,
inclusive criando áreas específicas para eles. Ângela del Pino, Gerente da
Auxiliadora Predial, imobiliária recém-chegada à capital paranaense que conta
com 81 anos de história e 62 lojas distribuídas por quatro estados, diz que
ações simples têm surtido efeito para manter a ordem. “Nas áreas comuns, a
recomendação é que os animais de pequeno porte sejam carregados no colo ou em
carrinhos, já os de grande porte devem estar sempre em suas guias”, orienta
Ângela.
A questão do mau cheiro ou do barulho pode ser amenizada com
a criação de uma área exclusiva para cães, conhecida como Dog Walk, que permite
ao animal fazer suas necessidades fisiológicas e pequenas caminhadas. A síndica
Cristiane Soares, do Condomínio Ankara Park, de Porto Alegre, comanda a
implantação de uma área como esta. “O condomínio tem um espaço que poderá ser
utilizado como Dog Walk e já consultamos uma veterinária para definir as regras
de uso, mas a criação da área deverá passar por deliberação em assembleia”,
indica Cristiane.
Discutir o tema em assembleias é a melhor maneira de evitar
os conflitos e criar regras que valham para todos. “Com o regulamento interno
bem definido, cada morador sabe exatamente como agir com o animal no condomínio
e as punições caso não cumpram as determinações”, indica Ângela. Orientações
por parte da administração do condomínio também ajudam a alertar e
conscientizar os moradores. Isto pode ser feito na forma de mural, de
comunicados ou até mesmo por meio de sinalização das áreas corretas para os
animais.
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